Uma pesquisa recente do Sebrae apontou que a cada quatro novos negócios, três eram liderados por mulheres no Brasil. Este mesmo levantamento apontou que, entre 2015 e 2019, cresceu 18,6% o total delas como donas de empresas.
Os dados acima podem apontar uma reviravolta, já que no passado era difícil ver mulheres ocupando cargos de destaque em diversos negócios e nada melhor do que ler histórias de empreendedorismo feminino para inspirar outras pessoas a seguirem o mesmo caminho, certo?
Mesmo que os números acima apontem essa mudança recente com mais mulheres donas dos próprios negócios, de forma geral, elas ainda são vistas com certa desconfiança.
Para quebrar este (pre)conceito, é possível ver diversas histórias de empreendedorismo feminino brasileiro que levaram marcas ao topo dos seus setores, inspirando milhares de outras pessoas, além de movimentar milhões de reais anualmente.
Se você tem uma ideia, quer construir uma startup, mas sente que não tem as competências ou falta o apoio para tirar o projeto do papel, saiba que existe dentro de ti uma força que poderá fazer deste sonho uma realidade. Acredite!
Histórias de empreendedorismo feminino para te inspirar
A pesquisa Empreendedorismo Feminino no Brasil 2020, feita pelo Sebrae, apontou que existem 29 milhões de donos de negócios no país, sendo que 34% destes são mulheres. Logo, com elas sendo maioria na população, ainda existe um espaço bem grande para crescimento.
Para te inspirar, separei abaixo algumas histórias de empreendedorismo feminino.
Luiza Helena Trajano
É impossível pensar em empreendedorismo feminino no Brasil e não olhar para a história construída por Luiza Trajano.
Ela nasceu em Franca (interior de São Paulo) e começou a trabalhar logo cedo em uma loja de um tio. Anos mais tarde, na década de 1990, ela assumiu a gestão do negócio o transformou no que seria o Magazine Luiza.
Aos poucos, o projeto ganhou corpo e se expandiu para outras cidades e estados. Para se ter uma ideia, em 2008 a rede contava com 44 lojas físicas apenas na capital paulista.
Em 2011 o empreendimento chegou a Bolsa de Valores, captando R$ 926 milhões.
Essa história de empreendedorismo feminino construída por Luiza Trajano não é caracterizada por sucesso apenas financeiro, a empresa é reconhecida frequentemente como um dos melhores locais para se trabalhar, com a dona recebendo prêmios de empreendedora, empresária e líder.
Sônia Hess
Se você quer empreender, entenda que nem sempre os caminhos certos são descobertos logo de cara e que alguns deles são frutos do acaso. Contudo, saber identificá-lo é algo que pode ser trabalhado, potencializando assim aquela oportunidade.
Assim surge a história de empreendedorismo feminino vivenciado por Sônia Hess.
Seu Duda (pai) tinha uma pequena loja que vendia de tudo no interior catarinense. Em uma de suas viagens a São Paulo, ele errou ao comprar mais tecidos do que precisaria. Ao ver aquilo, dona Lina (mãe) pegou uma camisa e usou como molde para criar outras três com aquele material que estava sobrando e colocou as criações à venda.
Para surpresa do casal, as peças foram logo comercializadas. Isso foi em 1957, e eles resolveram investir no mercado de confecção, dois anos antes do nascimento de Sônia. Nascia ali a marca Dudalina.
Já aos 17 anos, ela partiu para Espanha com o objetivo de ampliar os estudos. Quando regressou, assumiu o comando do marketing da Dudalina.
Sônia Hass era a segunda mais velha de um total de 16 filhos que seu Duda e dona Lina tiveram. Mesmo em um contexto com outros 11 irmãos homens, ela assumiu a direção da empresa em 2003 e ampliou o resultado, crescendo significativamente por vários anos.
A empresária foi classificada, pela revista Forbes, como a sexta mulher de negócios mais poderosa do Brasil.
Cristina Junqueira
A nossa terceira história de empreendedorismo feminino no Brasil vem do mercado financeiro e provocou uma revolução no setor.
A executiva financeira Cristina Junqueira teve uma brilhante trajetória dentro do Banco Itaú, assumindo cargo de liderança ainda aos 24 anos. Formada na Universidade de São Paulo (USP) e com MBA na Nortwestern University, ela percebeu que aquele trabalho não era algo que a motivava a potencializar todo o seu conhecimento.
Ela largou a instituição financeira em 2013 e partiu nesta busca pela realização profissional e pessoal.
Grávida, Cristina Junqueira, o colombiano David Vélez e o americano Edward Wible viram nas falhas de atendimento dos bancos e nas anuidades dos cartões de crédito uma possibilidade de empreender e entregar um produto de melhor qualidade. Nascia ali a Nubank, uma das maiores empresas de tecnologia financeira (fintech) do país.
É importante reforçar a questão da gravidez, pois nesta história de empreendedorismo feminino, Cristina trabalhou por muito tempo para tornar este projeto realidade, inclusive entrou em trabalho de parto durante uma reunião. Como era a única entre os três sócios que dominava o idioma, foi ela quem iniciou o atendimento aos primeiros clientes da Nubank.
Tudo começou com um cartão sem anuidade, o famoso roxinho. A Nubank cresceu, em três anos recebeu aporte de mais de US $ 100 milhões e segue expandindo os negócios, sendo o maior banco digital do mundo, com mais de 25 milhões de clientes.
Atualmente Cristina Junqueira ocupa o cargo de CEO Brasil e foi a primeira brasileira do setor financeiro na lista 40 Under 40, da revista Fortune.
Janete Vaz e Sandra Costa
Assim como as outras histórias de empreendedorismo feminino, as experiências individuais vividas por Janete Vaz e Sandra Costa, principalmente influências dos pais, colaboraram para criar um negócio de sucesso dentro da área médica.
A história começa ainda na década de 1970, quando a mineira Sandra Costa mudou-se para Brasília e lá conheceu a goiana Janete Vaz. Bioquímicas recém-formadas, elas foram trabalhar em um pequeno laboratório na capital federal.
Ainda pequena, Janete observava o pai gerindo os negócios dentro de casa e aquilo mexeu com ela. Anos mais tarde, comentou com Sandra sobre o seu desejo de empreender e ter a própria empresa. A amiga recusou as primeiras investidas.
O tempo passou e a ideia foi ganhando corpo quando, finalmente, em 1984, elas criaram o Laboratório Sabin, um exemplo de pioneirismo dentro das histórias de empreendedorismo feminino.
Inicialmente com três funcionários, o negócio cresceu e elas viram na ausência de atendimento nas tardes como uma oportunidade e um diferencial no segmento.
Depois, foi um dos primeiros laboratórios do país a oferecer a divulgação dos resultados pela internet.
A empresa cresceu e a história vivida por Sandra e Janete é referência para milhares de empreendedoras brasileiras. O laboratório conta com mais de 200 unidades, quase 5 mil colaboradores e fatura mais de R$ 1 bilhão.
Estas são apenas algumas das diversas histórias de empreendedorismo feminino no Brasil. É impossível que você não tenha um caso real aí que te inspire a entrar no ramo dos negócios.
Todos os meses, diversas pessoas me procuram com ideias ainda embrionárias com o intuito de receber uma mentoria para torná-las um negócio rentável. Se você quiser passar por essa experiência, entre em contato comigo.
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